Há entidades que não aceitaram o acordo
Por volta das 21h00, o Governo Federal e os representantes dos caminhoneiros assinaram uma trégua na greve e a suspensão dos bloqueios, que estão fechando várias rodovias pelo Brasil.
O acordo suspende a greve por quinze dias. Depois desse período, haverá uma nova reunião entre as partes para uma avaliação do cumprimento do que foi combinado.
Dentre os pontos acordados estão:
– manutenção do desconto de 10% do óleo diesel por 30 dias: os primeiros quinze dias serão subsidiados pela Petrobrás e os últimos pelo Governo Federal;
– alíquota zero para a CIDE até o final do ano;
– reajuste do preço do diesel a cada 30 dias ao invés de a cada variação no preço internacional do petróleo. Neste caso, o governo federal criará um mecanismo de compensação, onde ele subsidiará a diferença entre o preço que deveria ser cobrado (com base na variação do preço internacional do petróleo) e o que vai ser cobrado.
Das onze entidades representativas dos caminhoneiros, nove assinaram o acordo. As duas que não assinaram o acordo foram a União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) e a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam). Em declaração ao “O Estado de S. Paulo”, o representante da Unicam, José Araújo, o “Cima”, disse que não assinou o acordo porque não viu nada de concreto nele: “Só com promessas não vou pedir a ninguém para acabar com o movimento, porque a greve não é mais só nossa, mas é da população”, declarou ao Estadão.
Só iremos saber o peso da decisão das entidades sobre a base nas próximas horas, com a liberação – ou não – das rodovias.