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Empresas e Sindicato chegam a um acordo e greve dos rodoviários é suspensa

Com o acordo, empresas se comprometeram a pagar a participação nos lucros até a próxima quarta-feira


Por José Euvilásio Sales
esales@circularavenidas.com.br


E nesta sexta, empresas de ônibus, sindicato dos motoristas e cobradores e Prefeitura sentaram para negociar o fim da greve que paralisou parte da frota de ônibus da cidade. No meio da tarde, as partes chegaram a um acordo que suspendeu a greve dos rodoviários da cidade.

O ponto principal do acordo, que era o pagamento integral da participação nos lucros e resultados (PLR), foi prometido para a próxima quarta-feira, 11 de setembro. Para viabilizar o acordo, na próxima segunda-feira a Prefeitura irá antecipar o pagamento de receita às empresas para que elas possam pagar a PLR aos funcionários. Segundo o SPUrbanuss, sindicato das empresas, em nota emitida na manhã desta sexta, “60% das empresas, do sistema estrutural, só tiveram reajuste de suas respectivas remunerações em meados de julho passado. Os restantes 40% das empresas, até o presente momento, não receberam nenhum reajuste, sendo que os salários foram majorados em maio deste ano e outros insumos, ao longo do período.” Além disso, as empresas propuseram parcelamento do valor do PR, “dada a mudança de cenário ocorrida no transporte de passageiros, com a queda de cerca de 7% na demanda, a redução da frota em operação, determinada pelo poder concedente, e o aumento do transporte por aplicativos.”

Outras reivindicações – Além do pagamento da PLR, a prefeitura suspendeu o plano de redução de frota de ônibus e manteve conversas para evitar demissão de cobradores. Segundo a Prefeitura, a ideia é que eles passem por cursos de reciclagem para que sejam aproveitados em novas funções nas empresas.

Além disso, os dias parados serão abonados e houve a garantia de que a Convenção Coletiva da categoria será respeitado também pelas novas empresas que assinarem o acordo. “Ontem, tivemos uma reunião muito difícil. Mas se a Prefeitura foi inflexível, nós, condutores, fomos mais. O fim da paralisação só ocorreria com o atendimento da nossa pauta”, disse o presidente em exercício do Sindmotoristas (sindicato da categoria), Valmir Santana da Paz, o Sorriso, em matéria do site do sindicato.

A volta à operação – Com o acordo, por volta das 15h30 os ônibus que estavam parados na região central voltaram a circular. Segundo informações da SPTrans: 22 linhas não circularam durante parte do dia; três linhas de trólebus operaram com itinerário alternativo, em função dos bloqueios com ônibus que ocorreram na região central; e várias outras linhas pela cidade operaram com frota abaixo do normal. O limite mínimo de 70% da frota em operação no horário de pico e 50% no de vale, determinado pela justiça, foi respeitado durante a paralisação.



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