Na última terça-feira, o prefeito em exercício Milton Leite, o secretário de Mobilidade e Transportes João Octaviano Machado Neto, o secretário de Verde e Meio Ambiente Eduardo de Castro e presidente da SPTrans, Paulo Cézar Shingai estiveram na fábrica da BYD, montadora do chassi do ônibus elétrico que tem a alimentação da bateria feita de fosfato de ferro (LiFePO4), e leva cerca de cinco horas para ser recarregada. A fábrica fica em Campinas/SP.
Durante a visita, foi anunciado o projeto que prevê a circulação de 15 ônibus elétricos na cidade de São Paulo no prazo de dois meses. Ainda não há a definição de qual empresa irá operar os veículos. A escolhida, que o será através da análise de critérios técnicos definidos pela SPTrans, terá uma subestação de energia instalada em sua garagem para o abastecimento dos coletivos. A subestação estará ligada diretamente ao Operador Nacional do Sistema, o que a deixará imune a quedas de energia. Segundo matéria do Diário do Transporte, que antecipou a notícia na noite da última terça, a BYD irá produzir energia elétrica através de placas de energia solar em uma fazenda, em Araçatuba/SP. Essa energia será disponibilizada ao Operador Nacional do Sistema e irá gerar um crédito em energia para São Paulo, que será usado para o abastecer os quinze ônibus elétricos.
O projeto envolve as Secretarias de Mobilidade e Transportes, Verde e Meio Ambiente e da Fazenda, que, junto com a SPTrans, trabalharão em parceria com a BYD.
“Há uma preocupação na cidade de São Paulo em relação à emissão de poluentes e por isso será feito um projeto piloto que permitirá termos a exata dimensão desse processo do início ao fim”, declarou o prefeito em exercício Milton Leite.
“Um teste será bem-vindo porque este é o momento de avaliar a capacidade do veículo para atender a cidade de São Paulo e analisar todas as contingências do modelo apresentado.”, declarou o Presidente da SPTrans Paulo Cézar Shingai.
A BYD já cedeu ônibus elétricos a várias empresas da cidade para testes. No ano passado, houve a expectativa da aquisição de 60 ônibus da fabricante, o que acabou não ocorrendo.